Sobre o tempo
O tempo já foi cantado, contado em verso e prosa, citado
em milhões de conversas ao redor do mundo... e toda a nossa relatividade
terrestre se resume nele: - o tempo...
Tempo pra chorar, pra sorrir, pra cantar, estudar,
trabalhar... tempo pra viver, pra amar... tempo para ter tempo... cada vez mais
tempo...
Estamos sempre precisando de tempo... seja onde for, seja
como for... seja pra que for...
Mas o tempo da maneira como o entendemos, é a ilusão dos
nossos sentidos... sentidos físicos, que seja muito bem entendido...

Isso criaria um círculo vicioso interminável, porque o
homem, em meio às tempestades dos seus anseios, nunca está satisfeito... via de
consequência, sempre que chegasse ao futuro, continuaria com aquela estranha
sensação de estar incompleto e voltaria mais uma vez ao passado, tentando mudar
fatos e talvez, até mesmo pessoas...
Porém, nunca lhe passa pelo pensamento a ideia de que
basta ele olhar para o passado, para mudar no presente, o que gostaria para o
seu futuro...
Eu sempre digo no outro blog, que não se pode saber
exatamente o que vai acontecer no futuro... podemos apenas prever
possibilidades... essa é a única opção viável que temos sobre o futuro...
É importante ter tempo para todas as coisas, contudo,
mais do que isso, é importante saber que “há tempo para todas as coisas”...
[Isso está na Bíblia, em algum lugar da Bíblia... ^^ ]
O fato de nos preocuparmos excessivamente com o tempo, não
implica na habilidade de administrarmos bem o nosso tempo... a prova viva sou
eu mesma, que com tanto tempo disponível ainda tenho a desfaçatez de reclamar
da falta de tempo... >.< ... meus blogs estão com datas de publicação
defasadas... um deles há mais de um ano...
E pra que tantos blogs? Simples... eu não misturo os
canais... Um espaço fica para assuntos esotéricos, holísticos, alternativos,
místicos e afins. O outro é dedicado às resenhas... e este fica para o meu doce
de abóbora com coco... >.< ... simples assim... >.< [doce de
abóbora tem que ter coco, vamos combinar, neh? >.< ]
E por causa desse mal hábito da “falta de tempo” a pasta
de rascunhos está transbordando de assuntos que ainda não foram publicados...
Hoje eu acordei cedo e antes de sair da cama já estava
refletindo sobre vários assuntos com potencial para se tornarem posts... aí
emendei na meditação, o que me valeu uma recarga de ânimo... resultado: - esse
artigo vai ficar “grandinho”, porque nele estarão publicados dois textos que
rascunhei no tablete e no final terá uma imagem com uma poesia do Mário Quintana e de quebra, o vídeo do
grupo Nenhum de Nós que trata exatamente sobre o assunto que deu origem a este
artigo.
Vamos refletir mais sobre o tempo que temos pra viver...
viver uma vida sincera... autêntica... simples...
* * *
Queria lembrar seu nome...
Foram momentos tão intensos,
mas eu já esqueci seu nome...
Esse esquecimento congela meu
coração...
Ainda lembro nossos momentos,
tão pouco tempo nós tivemos,
mas ainda lembro seu rosto
sereno...
Sua voz tão calma que dissolvia
meu desassossego...
Quero voltar...
Voltar pra você...
voltar pro aconchego dos seus
braços...
teu abraço... teu calor...
Aos poucos a lembrança vai se
perdendo na névoa densa do esquecimento...
Eu não encontro o caminho de
volta...
Resta-me apenas a vaga esperança
de te encontrar novamente...
nos meus sonhos...
[26.03.2017]
* * *
De quê eu sinto falta?
De um sonho que não sonhei...
De uma dança que não dancei...
Um passeio que não aconteceu...
Um beijo que não beijei...
De um abraço que não me
aqueceu...
De que é que sinto falta?
De uma vida que não vivi...
[ ?????????????????????? ]
Enquanto caminho, busco
respostas...
Enquanto durmo, espero... não sei
o quê espero...
Meu querer se confunde com a
chuva...
Meu desejo se consome em brasas
mortas...
Se o que me faz tanta falta não
está aqui,
então, onde estará?
[ 04.04.2017]
* * *
Sobre o tempo
Nenhum de Nós
Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem
entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam
conceber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais, que juram que
pensam,
Existem também aqueles que juram
sem saber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover... êê,êê
Se mover...
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