A Hora da Leitura é Também a Hora da Reflexão...
O dia ainda nem clareou... falta pouco...
Mas eu preciso ler uns textos, pois preciso fazer um
trabalho que não consegui fazer durante a noite...
Não... eu não estou concluindo nenhum curso... >.< ...
O que eu preciso fazer é “formatar” o discurso do texto escrito por quem
precisa apresentar o trabalho, e para que possa executar bem a minha tarefa,
preciso ler alguma coisa a respeito do assunto...
Assuntos técnicos, propriamente ditos, ou da área de
Ciências Exatas, não são a minha praia, mas na área de Humanas eu sobrevivo... >.<
Esse meu trabalho de ajudar pessoas a desenvolver textos
quando elas mesmas não conseguem, ou pensam que não conseguem, é interessante
porque sempre me trás novas perspectivas e conhecimentos... e aos poucos eu vou
percebendo que o horizonte, é de fato, “infinito”... ^_^
O assunto desse trabalho me trouxe muito conteúdo para
reflexão... e eu estava mesmo precisando refletir, pois esse exercício da
reflexão acalma os meus ânimos, que estavam em desalinho...
Você já percebeu como, eventualmente, apesar de todo o
conhecimento e treinamento, é difícil manter a calma em determinadas situações?
Bom... acontece comigo... e creio que acontece com muita
gente... só que eu tenho o péssimo hábito de me cobrar e me culpar depois do
caso passado... e vamos combinar, isso não é nada positivo...
E por que sempre nos cobramos a perfeição?
As respostas são várias, pois essa é uma situação que
provavelmente surgiu quando ainda éramos crianças... e ao longo das nossas
vidas só foi aumentando devido aos ambientes que nos circundam e envolvem...
A família faz cobranças, os amigos e parentes... colegas de
escola... de faculdade... de trabalho...
Chefes de trabalho... Professores...
vizinhos... e até mesmo, pessoas que não nos conhecem...
De repente você acorda de manhã e cai uma ficha... – O mundo
parece feito de cobranças... e é...
Mas até que ponto realmente devemos deixar que essas
cobranças aniquilem a nossa vida?
Não sou psicóloga, mas alguma coisa me diz que esse
comportamento individual de se deixar esmagar pela cobrança externa é meio
insano... tóxico... e creio que você vai concordar comigo que não precisa ser
nenhum Freud pra se chegar a essa conclusão...
Ontem eu passei por uma situação muito desagradável em que
uma mulher usou da sua posição de “controle e autoridade” pra me humilhar...
bom... no final eu perdi o controle e chamei a tal mulher de “bruxa”... bem
alto... pra todo mundo escutar mesmo...
Nessas horas você se sente impotente... desamparada...
solitária...
É o mundo das grandes cidades... é o mundo que gente como
essa mulher, está criando...
Um mínimo de poder e a pessoa se acha... não está preparada
para atender o público, não tem capacitação para dirimir questões que vão além
das normas medíocres do cotidiano...
Uma pessoa comum, de instrução mediana ou nenhuma; sem
educação, sem capacitação profissional, ocupando uma posição que exigiria, no
mínimo, algum treinamento diferenciado...
Mas ela não é a única... por todo lado podemos observar que
essa é a população que prolifera nas grandes cidades...
Eu detesto grandes cidades... ¬¬
Depois de um tempo, pouquíssimo tempo eu pensei... já é a
segunda vez esse ano que alguém me tira do sério... e no final, eu mesma me cobrei mais do que
qualquer pessoa cobraria...
Isso não contribuiu para que meu estado de espírito voltasse
à tranquilidade... porque esse é o efeito da cobrança... seja ela praticada por
você mesmo, ou por outra pessoa...
E porque nos cobramos tanto? Ah... porque vivemos em uma “sociedade
civilizada”, de “pessoas civilizadas”...
Mas... mas... “péra”, tem alguma coisa aí que está
destoando... se a sociedade fosse civilizada tais eventos desagradáveis jamais aconteceriam... simples assim...
O desgaste provocado por excesso de trabalho, uma vida sem
nenhuma qualidade, e outros fatores que
somados esmagam a dignidade humana, estão transformando o ser humano em uma
criatura nada civilizada... não vê quem não quer...
Esses mesmos fatores que esmagam as pessoas que não
desenvolveram o mesmo nível de percepção que eu, são os que fizeram com que eu “saísse
do sério” com uma pessoa totalmente vazia de valores...
Essa é outra questão crucial do comportamento humano: os
valores...
Passaram a ser peça de museu... lenda... sonho... utopia... piada...
E a humanidade ainda se comporta como os seres primitivos
que já foram, fazendo muito barulho para “espantar os maus espíritos”... ou
seja, a primitividade ainda não foi extirpada...
E pessoas como eu, que cresceram sob os efeitos de uma
educação rígida, de normas inflexíveis, não se dão o direito de errar... de
perder a paciência... é como se fosse um ato criminoso...
Não que seja o correto e o melhor, ou o mais adequado...
mas... pessoas instruídas ainda são pessoas... falíveis, e eventualmente se
sentem impotentes diante da mediocridade e intransigência de pessoas que se escudam atrás de um
uniforme, julgando-se acima de tudo e todos...
Esse “tipo” de pessoa, ainda vive o dia a dia, como se cada
dia fosse o último, só que da pior maneira possível... não vê as consequências
dos próprios atos, e nem quer saber...
Cria uma “verdade paralela” de que está agindo certo e não
aceita opinião em contrário...
Outro dia conversei com uma amiga sobre a coisa da inveja...
e oportunamente li um artigo e uma opinião sobre essa questão...
Existem várias maneiras de interpretarmos a inveja... mas
inveja é inveja... e qualquer nada pode
despertar esse sentimento tão nocivo ao desenvolvimento moral do ser humano...
Depois de analisar o fato ocorrido comigo, cheguei à
conclusão que, em princípio aquela pessoa
se sentiu incomodada por ter sido abordada com educação, característica
que não lhe é peculiar... e isso provocou nela um mal estar incontrolável fazendo com que ela simplesmente exorbitasse
das funções que lhe foram atribuídas... simples assim...
Isso tem a ver com inveja sim... e o escritor que arguiu em
seu artigo que pessoas que se sentem alvo de inveja precisam de terapia, que me
desculpe... mas eu creio que quem precisa de terapia é justamente quem alimenta
e abriga a inveja em seu coração... simples assim...
Sobre esse assunto concluí que eu realmente não estou preparada
para viver em sociedade... ainda sinto-me frágil diante da violência
comportamental de pessoas que, ao observar as atitudes das mesmas, só posso
concluir que não pensam, não sentem... agem meramente por instinto...
E outras pessoas, como eu, eventualmente reagem por
indignação... por revolta... por se sentir oprimido, por se sentir extenuado de
todos os dias ter que olhar para situações desagradáveis e não poder fazer
absolutamente nada...
Uma sociedade cujo único valor é o dinheiro, não tem
futuro... ou pelo menos, não um futuro desejável... porque dinheiro compra
diploma, mas não compra educação e dignidade...
E uma sociedade sem dignidade, é uma sociedade morta...
Simples assim...
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