Outras Palavras e Nós...
Quando as palavras de outra pessoa nos soam melhor no coração do que as nossas...
Comecei esse artigo por causa do texto que segue na íntegra logo abaixo... Um texto que me trouxe mais reflexões sobre alguns aspectos da vida sobre os quais eu venho refletindo já há algum tempo...
Percebi que uma das coisas que mais gosto de fazer, é escrever... uma das... não a única... mas realmente é uma atividade que me completa... mesmo que meu blogue não seja tão lido... eu nao busco fama, nem sucesso... a minha realização é pra dentro de mim... não pra fora...
Mas eu sempre considero que, se alguém parou pra ler, é porque foi tocado pelo meu texto... pela minha essência...
Já estamos no final de janeiro... eu não escrevi nenhuma mensagem de Natal ou Ano Novo... senti apenas que estaria repetindo o que muita gente estaria falando... estaria me repetindo mais um ano... e eu não estava com o “espírito” ideal para mensagens de fim de ano...
E se não havia nada de novo a acrescentar, porque eu deveria apenas repetir as mesmas palavras de sempre? No meu entender, não faz o menor sentido...
E ter um sentido é o que nos direciona a alguma coisa ou algum lugar...
É sobre esse sentido, esse rumo, esse norte, que nos fala a autora do texto abaixo...
Essa autora sempre “compartilha” , em seus textos, fragmentos de sua vida, de seu coração... e percebi que ela faz exatamente o contrário do que sempre tentei fazer...
Ela se expõe em seus textos, sem medo... com sinceridade...
E eu sempre me ocultei por trás das palavras... não por medo... mas talvez... um pouco...
Foi realmente lendo esse texto que me questionei – por que não?
Que mal pode haver em expor os verdadeiros sentimentos... nossos pensamentos... nosso eu verdadeiro...?
Eu sempre defendi as mudanças... então talvez seja hora de abraçar mais uma... talvez eu realmente não deva querer ser tão impessoal nos meus textos...
Existe espaço pra tudo... talvez essa seja uma boa oportunidade para exercitarmos nosso conhecimento a respeito de nós mesmos e do mundo ao nosso redor...
Uma boa oportunidade de exercitarmos a capacidade de criarmos um mundo interior um tanto melhor...
Tanto para mim que escrevo, quanto para você que lê...
Talvez um dia... você crie coragem e me envie um e-mail com as suas impressões... talvez... e se eu ainda estiver por aqui... >.<
Talvez... mais pra frente, você também se lembre desta página e volte nela... e descubra uma nova perspectiva... porque, eventualmente, é isso que acontece comigo...
No momento, o importante é redescobrir... recriar... reviver...
A sensação de liberdade que me invade, enquanto estou escrevendo essas linhas, me acalma, me trás uma certa paz... é a mesma liberdade que você sente quando é surpreendido pela chuva no meio da rua... ou da estrada... bem... eu gosto de banhos de chuva... de praias desertas... de noite com lua e noites sem lua... eu gosto de céu azul, mas também gosto das nuvens...
Tudo isso e mais alguma coisa, me dá essa sensação de liberdade indescritivelmente calma...
Nessas horas, eu penso em seguir em frente sem medo... abraçar o futuro sem hesitações... caminhar de mãos dadas com a esperança... e encontrar meu ponto de equilíbrio...
Em algum lugar... em algum tempo...
Gradativamente, o corpo vai envelhecendo... e o coração, rejuvenescendo... pois somos mais que apenas um corpo...
Essa ideia me reconforta... e espero que reconforte a você também...
Boa noite... boa leitura... bom descanso... e bons sonhos...
No último fim de semana assisti ao filme "Um senhor estagiário" ("The intern") com a turma lá de casa. Logo no início, Ben, o personagem vivido por Robert de Niro, diz:
O resto não vou contar, só digo que o filme é bem divertido e me fez pensar na vida como uma sequência de eventos que devemos usufruir da melhor forma possível. Como disse Ben, "um esforço contínuo e implacável de criatividade." Pois, ao contrário do que cantou Zeca Pagodinho, nem sempre é válido "deixar a vida me levar". Há que se ter criatividade e jogo de cintura pra não esmorecer nos momentos em que nos falta um rumo a seguir.
Como você passa o seu dia? Trabalha, leva os filhos para a escola? Estuda de dia, namora de noite? Cuida dos netos, cultiva um jardim? Faz ginástica, encontra os amigos? Estuda, trabalha, pratica yôga e cozinha? Tem tempo demais, tem tempo de menos? De qualquer forma, estabelecer um norte torna-se primordial para se viver bem. Ter objetivos, ter pra onde ir, ter o que fazer, descobrir o que te faz feliz, descobrir o que te realiza e completa... tudo isso faz parte do pacote que é brincar de viver, e deve ser cultivado constantemente.
Ter um norte é descobrir as coisas que alimentam sua alma, os gostos que renovam seu espírito, as atividades que lhe dão prazer, as músicas que lhe comovem mais. Não necessita de especialização nem perfeição, só vontade de estar inteiro naquilo que lhe completa. Não precisa de carteira assinada, muito menos livro ponto. Ter um norte tem mais a ver com os assuntos do coração do que da obrigação, e depende mais da vontade que da necessidade.
Essa reflexão me trouxe de volta uma sessão de terapia em que minha terapeuta me perguntou o que eu mais gostava de fazer. Eu respondi que era cuidar do meu filho. Ela insistiu, tinha que ser algo direcionado a mim, não a outra pessoa ("os filhos crescem..." _ ela disse). Foi então que me lembrei que gostava de escrever e, bingo! descobri que podia começar um blog.
Então o que eu quero dizer é que você tem que descobrir o que te realiza e faz você querer abrir os olhos pela manhã todos os dias. O que faz você sorrir para o espelho do banheiro mesmo que a saudade esteja doendo em seu peito. O que lhe comove ao ponto de lhe tornar criativo para resistir e querer ser melhor do que já foi. O que alimenta seu espírito quando o cansaço lhe tira as forças, e faz seus olhos brilharem à primeira lembrança do que você pode fazer com seus dons.
Ter um norte é descobrir em si mesmo o que lhe completa, e não buscar nos outros o seu sentido para viver. É encontrar dons escondidos e alimentá-los com vontade e determinação. É esforçar-se para sair da acomodação e seguir por uma estrada íngreme, que leva a um lugar melhor. É ir à luta para encontrar sentido nas pequenas coisas, nos pequenos gestos, nas diminutas possibilidades.
Ben, o personagem que citei, é um senhor empenhado. Aos setenta anos, já tentou de tudo: viajou, jogou golfe, leu, foi ao cinema, fez yôga, aprendeu a cozinhar, comprou plantas, estudou Mandarim. Ainda assim, precisava de um sentido maior para seus dias. Se ele encontrou? A gente torce que sim!
Quanto a nós, só podemos seguir feito Ben, em busca de sentido. De algo que venha sanar esse vazio existencial que todos possuímos, e que de vez em quando dá as caras de um jeito maior do que gostaríamos. Que haja serenidade para esperarmos o tempo das descobertas. Que haja lucidez para assumirmos o papel que nos cabe em nossa própria vida. E que não nos falte ânimo, pois é ele que nos impulsiona a viver melhor todos os dias.
Comecei esse artigo por causa do texto que segue na íntegra logo abaixo... Um texto que me trouxe mais reflexões sobre alguns aspectos da vida sobre os quais eu venho refletindo já há algum tempo...
Percebi que uma das coisas que mais gosto de fazer, é escrever... uma das... não a única... mas realmente é uma atividade que me completa... mesmo que meu blogue não seja tão lido... eu nao busco fama, nem sucesso... a minha realização é pra dentro de mim... não pra fora...
Mas eu sempre considero que, se alguém parou pra ler, é porque foi tocado pelo meu texto... pela minha essência...
Já estamos no final de janeiro... eu não escrevi nenhuma mensagem de Natal ou Ano Novo... senti apenas que estaria repetindo o que muita gente estaria falando... estaria me repetindo mais um ano... e eu não estava com o “espírito” ideal para mensagens de fim de ano...
E se não havia nada de novo a acrescentar, porque eu deveria apenas repetir as mesmas palavras de sempre? No meu entender, não faz o menor sentido...
E ter um sentido é o que nos direciona a alguma coisa ou algum lugar...
É sobre esse sentido, esse rumo, esse norte, que nos fala a autora do texto abaixo...
Essa autora sempre “compartilha” , em seus textos, fragmentos de sua vida, de seu coração... e percebi que ela faz exatamente o contrário do que sempre tentei fazer...
Ela se expõe em seus textos, sem medo... com sinceridade...
E eu sempre me ocultei por trás das palavras... não por medo... mas talvez... um pouco...
Foi realmente lendo esse texto que me questionei – por que não?
Que mal pode haver em expor os verdadeiros sentimentos... nossos pensamentos... nosso eu verdadeiro...?
Eu sempre defendi as mudanças... então talvez seja hora de abraçar mais uma... talvez eu realmente não deva querer ser tão impessoal nos meus textos...
Existe espaço pra tudo... talvez essa seja uma boa oportunidade para exercitarmos nosso conhecimento a respeito de nós mesmos e do mundo ao nosso redor...
Uma boa oportunidade de exercitarmos a capacidade de criarmos um mundo interior um tanto melhor...
Tanto para mim que escrevo, quanto para você que lê...
Talvez um dia... você crie coragem e me envie um e-mail com as suas impressões... talvez... e se eu ainda estiver por aqui... >.<
Talvez... mais pra frente, você também se lembre desta página e volte nela... e descubra uma nova perspectiva... porque, eventualmente, é isso que acontece comigo...
No momento, o importante é redescobrir... recriar... reviver...
A sensação de liberdade que me invade, enquanto estou escrevendo essas linhas, me acalma, me trás uma certa paz... é a mesma liberdade que você sente quando é surpreendido pela chuva no meio da rua... ou da estrada... bem... eu gosto de banhos de chuva... de praias desertas... de noite com lua e noites sem lua... eu gosto de céu azul, mas também gosto das nuvens...
Tudo isso e mais alguma coisa, me dá essa sensação de liberdade indescritivelmente calma...
Nessas horas, eu penso em seguir em frente sem medo... abraçar o futuro sem hesitações... caminhar de mãos dadas com a esperança... e encontrar meu ponto de equilíbrio...
Em algum lugar... em algum tempo...
Gradativamente, o corpo vai envelhecendo... e o coração, rejuvenescendo... pois somos mais que apenas um corpo...
Essa ideia me reconforta... e espero que reconforte a você também...
Boa noite... boa leitura... bom descanso... e bons sonhos...
Fabíola Simões
"Freud disse: "Amar e
trabalhar, trabalhar e amar. É só o que existe". Bem, eu sou aposentado e
minha esposa morreu. Como devem imaginar, tenho tempo de sobra. Minha esposa
faleceu há três anos e meio. Sinto muita falta dela. E a aposentadoria é um
esforço contínuo e implacável de criatividade..."
O resto não vou contar, só digo que o filme é bem divertido e me fez pensar na vida como uma sequência de eventos que devemos usufruir da melhor forma possível. Como disse Ben, "um esforço contínuo e implacável de criatividade." Pois, ao contrário do que cantou Zeca Pagodinho, nem sempre é válido "deixar a vida me levar". Há que se ter criatividade e jogo de cintura pra não esmorecer nos momentos em que nos falta um rumo a seguir.
Como você passa o seu dia? Trabalha, leva os filhos para a escola? Estuda de dia, namora de noite? Cuida dos netos, cultiva um jardim? Faz ginástica, encontra os amigos? Estuda, trabalha, pratica yôga e cozinha? Tem tempo demais, tem tempo de menos? De qualquer forma, estabelecer um norte torna-se primordial para se viver bem. Ter objetivos, ter pra onde ir, ter o que fazer, descobrir o que te faz feliz, descobrir o que te realiza e completa... tudo isso faz parte do pacote que é brincar de viver, e deve ser cultivado constantemente.
Ter um norte é descobrir as coisas que alimentam sua alma, os gostos que renovam seu espírito, as atividades que lhe dão prazer, as músicas que lhe comovem mais. Não necessita de especialização nem perfeição, só vontade de estar inteiro naquilo que lhe completa. Não precisa de carteira assinada, muito menos livro ponto. Ter um norte tem mais a ver com os assuntos do coração do que da obrigação, e depende mais da vontade que da necessidade.
Essa reflexão me trouxe de volta uma sessão de terapia em que minha terapeuta me perguntou o que eu mais gostava de fazer. Eu respondi que era cuidar do meu filho. Ela insistiu, tinha que ser algo direcionado a mim, não a outra pessoa ("os filhos crescem..." _ ela disse). Foi então que me lembrei que gostava de escrever e, bingo! descobri que podia começar um blog.
Então o que eu quero dizer é que você tem que descobrir o que te realiza e faz você querer abrir os olhos pela manhã todos os dias. O que faz você sorrir para o espelho do banheiro mesmo que a saudade esteja doendo em seu peito. O que lhe comove ao ponto de lhe tornar criativo para resistir e querer ser melhor do que já foi. O que alimenta seu espírito quando o cansaço lhe tira as forças, e faz seus olhos brilharem à primeira lembrança do que você pode fazer com seus dons.
Ter um norte é descobrir em si mesmo o que lhe completa, e não buscar nos outros o seu sentido para viver. É encontrar dons escondidos e alimentá-los com vontade e determinação. É esforçar-se para sair da acomodação e seguir por uma estrada íngreme, que leva a um lugar melhor. É ir à luta para encontrar sentido nas pequenas coisas, nos pequenos gestos, nas diminutas possibilidades.
Ben, o personagem que citei, é um senhor empenhado. Aos setenta anos, já tentou de tudo: viajou, jogou golfe, leu, foi ao cinema, fez yôga, aprendeu a cozinhar, comprou plantas, estudou Mandarim. Ainda assim, precisava de um sentido maior para seus dias. Se ele encontrou? A gente torce que sim!
Quanto a nós, só podemos seguir feito Ben, em busca de sentido. De algo que venha sanar esse vazio existencial que todos possuímos, e que de vez em quando dá as caras de um jeito maior do que gostaríamos. Que haja serenidade para esperarmos o tempo das descobertas. Que haja lucidez para assumirmos o papel que nos cabe em nossa própria vida. E que não nos falte ânimo, pois é ele que nos impulsiona a viver melhor todos os dias.
Comentários
Postar um comentário
Todos os comentários passam por moderação para que sejam evitados abusos.
Agradecemos a compreensão.