Ainda Somos os Mesmos e Vivemos Como os Nossos Pais...



Provavelmente você conhece essa frase... essa música...  e provavelmente você não percebe que as mesmices nossas de cada  e todo dia, se traduzem de forma tão simples e contundente nessa frase...

A realidade é indigesta... e não vai ter sal de fruta que dê jeito... simples assim... >.<

O que me trouxe a esse artigo? Um simples telefonema inconveniente...  em uma fração milionésima de segundo, passaram-me várias possibilidades pela mente, enquanto tentava não naufragar no mar tempestuoso dos problemas da pessoa que havia me ligado...

Eita... “péra” ...  duvido muito que eu mesma não tenha agido assim várias vezes... infinitas vezes... fiquei até triste só de lembrar dessa possibilidade...

“Tah” ... eu sei que faz parte... mas...:
                
                “Por que insistimos tanto em continuar vivenciando situações negativas?”



                “Porque insistimos tanto em alimentar sentimentos destrutivos em nosso coração?”

As respostas são tantas que dá até pra escrever um livro... e no entanto, a mais simples delas, abrange todas as outras... : seres humanos são seres humanos... não é pra tentar explicar em um livro... só isso... >.<

Existem aqueles que aprendem com os próprios erros... existem aqueles que aprendem observando os erros alheios...  a maioria não aprende nem de um jeito nem de outro... >.<

Por isso vivemos na mesmice... por isso vivemos em uma rotina sufocante... por isso vivemos entediados e sem perspectivas...

A maioria não quer soluções para os seus problemas... quer apenas satisfazer seus próprios caprichos...


Nem sempre as soluções são as mais fáceis e agradáveis... isso é um incômodo... ninguém está disposto a sair da sua zona de conforto, mesmo que seja pra resolver seus próprios problemas...

O ser humano é assim... cheio de contradições... e infinitas possibilidades... mas ele não sabe disso... >.< ... e lamentavelmente só usa seu potencial de forma negativa...

“Tah” ... pode dizer que tudo é relativo... que eu não sou a dona da verdade... grande coisa... isso eu já sei... ¬¬ ... mas o que eu sei também, é que... se o potencial humano estivesse sendo usado da melhor forma possível, o mundo seria um lugar bem melhor de se viver... simples assim...

O resultado prova que não está funcionando... a vida que o ser humano está construindo pra si, não está funcionando...

E a causa é óbvia...: falha humana...  >.< ...  a “engrenagem” humana não está funcionando... estamos todos presos em um círculo vicioso de falta de coragem... coragem pra mudar... coragem pra olhar pra dentro de si... coragem pra endireitar o que está torto...

E pra ser sincera... acho que estamos vivendo pior que os nossos pais... com as mesmas ideias atrofiadas... e no entanto, nos auto proclamamos mais cultos, mais instruídos, mais inovadores... enfim... queremos ser melhores... mas estamos no mesmo passo...

E vício, vicia...

- Oi???? O.o -  é mesmo? Não diga... que novidade... ¬¬

Não... não é novidade... mas já faz parte da rotina... esse vício de viver todos os dias como se fossem iguais... como se fossem os mesmos... é cômodo... Viver a vida sem dar um salto sequer para o inimaginável... é o vício da covardia... porque está bom do jeito que está...

 - E se pode ficar pior, pra que vamos tentar um salto qualquer? Pra quebrarmos nossas pernas?
Não... apenas para exercitarmos as asas... Mas voar só na [in]segurança de um avião...

É por isso que ainda vivemos a mesmice dos nossos pais... 

Não é o medo do desconhecido que nos mantém inertes... é o trabalho árduo da mudança de hábitos, pensamentos, atitudes...  É simplesmente o não querer se arriscar... desbravar... inovar...

Os nossos pais eram os retrógrados... e nós... somos o quê?

- Todo esse devaneio por causa de um telefonema... ¬¬

Ééééééé... por causa de um telefonema de uma pessoa que há anos está remoendo os mesmos problemas... com a mesma amargura...  O.o ... parece até alguém que eu conheço... >.< e é por isso que eu falo dos vícios... da comodidade dos vícios... e falo porque já vivenciei esse tipo de situação... e hoje só lamento o tempo que perdi em lamentações... >.<  ou ... não lamento mais... talvez eventualmente...

Pelo menos quando alguém me deu uma boa duma chacoalhada... caíram infinitas fichas... eu considerei que não nasci pra ser uma pessoa amargurada, vivendo uma vida de amarguras... ¬¬ ... olhei pra trás e tive vergonha da minha atitude diante da vida... resolvi que não era o tipo de pessoa que eu queria ser... viver só de lamentos não era a vida que eu queria...

A “poeira” acumulada ao longo dos anos era inimaginável... e eu pensei que teria muito trabalho pra remover todas as camadas de amarguras acumuladas ao longo dos anos... mas ficar parada só pensando não iria me ajudar em nada... o jeito foi arregaçar as mangas e começar a “limpeza”...
E novos anos foram passando... novos anos estão passando... quanto mais eu envelheço, mais leve me sinto... paradoxo da minha natureza humana... [independente do meu excesso de peso... >.<]... 


Isso levou-me a resolver que não quero mais naufragar nos problemas alheios... já me bastam os meus...

Mas isso não quer dizer que simplesmente vou ignorar totalmente os problemas alheios... o que eu preciso é encontrar uma forma equilibrada de poder ajudar sem me envolver... e isso inclui não servir mais de “muro de lamentações” pra ninguém...

Eu sei que, quando se tem um problema, eventualmente precisamos de um amigo pra desabafar...  alguém que possa nos indicar algumas possibilidades...

Mas na prática, isso acaba por tornar-se um vício... dos mais peçonhentos... a pessoa que costuma “desabafar” com você, não quer mais soluções... ela só quer ficar se lamentando... lamentando... lamentando...  e esse lamento, pouco a pouco, vai minando a sua resistência, só que você também nem percebe...

E toda vez que você propõe alguma tentativa de solução... alguma alternativa... nada está suficientemente bom para aquela pessoa... isso porque, ela não quer soluções... como eu disse antes... essa pessoa quer apenas satisfazer os próprios caprichos... massagear o próprio ego...

Ela acaba por irritar-se com a sua atitude “indiferente”... e você acaba por “cair na real”,  decepcionando-se com a tal criatura...

Aí vem aquele sentimento misturado de culpa e compaixão...

Eu bem sei que a minha nova atitude, causou muita estranheza em quem estava acostumado com aquela pessoa “boazinha” que sempre ouvia todo mundo... que sempre tinha “ conselhos” pra todo mundo... mas a “irmã Paula” que eu era, aposentou-se... foi viajar para os “confins”  do universo e não volta mais...

Escutar os problemas de uma pessoa que realmente está buscando uma perspectiva, é uma coisa... ficar escutando sempre as mesmas lamentações de uma pessoa acomodada nos próprios problemas... é outra história...

Quando eu falo de um problema com alguém da minha confiança, é como se estivesse exorcizando aquilo de dentro de mim... é quase um processo de arrancar uma erva daninha pela raiz... aí você deixa o matinho na própria terra, porque a erva daninha vai servir de adubo... é um processo cíclico... existem riscos... mas a gente tem que ter confiança de que está buscando o melhor... é assim que eu penso... essa foi a atitude que passei a adotar...

Os problemas existem... vão existir por muito tempo nesse mundo... talvez para sempre... eu só não quero naufragar diariamente nesse mar de problemas...

Existe uma questão muito séria quando se busca a liberdade de pensamento... a liberdade espiritual... sempre vai ter alguém por perto querendo te puxar para o chão... não para fazer você caminhar com suas próprias pernas... e sim pra te acorrentar a alguma rocha de miserabilidade...

O ser humano é um poço sem fundo de contradições... ele é capaz de ficar sorrindo pra você, te olhando nos olhos...  e enquanto te dá um abraço... te apunhala pelas costas...

Sabe o que é pior? – É você perceber que, assim que você começa a falar dos SEUS problemas, a pessoa logo arruma uma desculpa pra desligar o telefone... ¬¬ ...

E sabe o que é triste? – É você perceber que muitas dessas pessoas que  você considerava como parte importante da sua vida, só te procuram quando precisam dos seus ouvidos... ¬¬

“Tah”... eu sei que faz parte... só que não precisa fazer... é uma questão de escolha... eu não tenho que me sentir na obrigação de escutar sempre as mesmas lamentações de pessoas inertes... ninguém tem esse tipo de obrigação... nem por gratidão...

Falar eternamente dos mesmos problemas é apenas estender a situação interminavelmente... é vivenciar cada momento doloroso infinitamente... eu não quero isso pra minha vida...

Deixar os problemas de lado como se não existissem, não é uma solução... mas ficar indefinidamente respirando a mesma atmosfera viciada em problemas vida afora, é menos ainda...

Para todo problema existe uma solução... a gente é que não procura direito... não enxerga... ou se faz de “besta”... >.< ... e como diziam os antigos: o que [aparentemente] não tem remédio, remediado está...

Às vezes é preciso retroceder... ou dar um tempo... olhar para o outro lado...  às vezes a tal de “retirada estratégica” é a melhor solução, momentaneamente...

Encontrar um pouco de equilíbrio em meio a esse ritmo de vida frenética pode ser bem difícil... mas não é impossível...

Eu não dou mais corda para “xororô”... nem meu... nem de ninguém...

O que eu me permito, é no máximo, chorar um dia inteiro por causa de um problema... até que as estrelas reclamem seu império celeste à noite... porque nessa hora... eu só quero sonhar... ^_^ 


* * * 






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Perspectiva Nebulosa Sobre as Grandes Cidades...

Expressões...

O.o ... Sabe... ?????